segunda-feira, 29 de junho de 2009

PRISÃO DOMICILIAR

Há cerca de três anos adquirimos um lote e construímos uma casa pois o “cubículo” onde vivíamos em Lisboa era demasiado claustrofóbico, limitativo e sufocante.

Como temos filhos pequenos entendemos que uma moradia poderia expandir os seus horizontes pelo facto de poderem estar mais em contacto com o céu do que com o tecto da sala de estar.

Entretanto o desenrolar dos factos parece estar a mudar um pouco esta perspectiva e os nossos horizontes estão novamente a se fechar dentro de complexos sistemas de segurança e alarme que fomos obrigados a instalar em casa.

Ao longo destes três anos o nosso carro foi uma vez arrombado (dentro do jardim) e a casa já foi invadida (com a família a dormir) já por duas vezes.

Das duas vezes que a casa foi invadida eu fiz a participação na GNR que, para além da visita in locco logo no dia da queixa, não obtiveram quaisquer resultados práticos. Ninguém foi preso, indiciado ou sequer investigado “sob suspeita”.

Das duas vezes recebi cartas do tribunal a explicar que o “caso estava arquivado” (pergunto: quais casos ?).

Comprei um cão, tenho sensores de movimento e contactos magnéticos espalhados pela vivenda, para garantir um mínimo de tranquilidade. Subimos o muro, colocamos treliças de madeira, plantamos cercas vivas com espinhos e picos para dissuadir os mais intrépidos e atrevidos salteadores de tentarem a sua sorte lá em casa.

Nossa casa está toda “armadilhada” e se não estou atento corro o risco de acordar o meu vizinho, de sobressalto, se resolvo beber um copo de água durante a noite e esqueço-me de desligar (momentaneamente) o sistema.

Actualmente somos prisioneiros em nossa própria casa e quando vamos dormir a “parafernália” fica toda ligada pois já percebi que tentar resolver qualquer questão à posteriori não resulta e o certo mesmo é a precaução, as medidas de segurança e um extremo cuidado.

Para além, é claro, de barricar a família dentro de casa.

Mas parece que estão a zombar das nossas vidas e na noite de Sexta-feira para Sábado (26 para 27/Junho) tentaram novamente invadir a nossa casa, e eu apenas dei conta da situação quando levantei-me pela manhã.

O que farei agora ?

Lanço este texto no nosso mais recente blog, criado para a partilha de toda informação que possa vir a ser importante para a nossa vizinhança, com a intenção de alertar para o facto e para motivar aos meus ilustres vizinhos a nos mobilizarmos no sentido de exigir o nosso direito à segurança.

Estou absolutamente ao dispor de todos.

Contem comigo !

1 comentário:

  1. Eu também sou moradora mas recente do Núcleo poente 2 e como estreia no assunto fui assatada duas vezes no mesmo dia...sim é posível! Assaltaram-me a casa no dia 25 de Junho à tarde e enquanto descarregava o carro à noite levaram-me as carteiras do carro que estava estacionado à porta de casa.

    Quanto ao assunto penso que devo seguir em frente, pois se não a pessoa não dá um passo sem ligar os alarmes.

    Como moradora em Azeitão ha 15 anos acho que não podia estar tão mais impressionada com a situação, pois nunca tinha sido assaltada na vida e tinha Azeitão como uma "zona calma e segura". Realmente não sei dar uma explicação para o sussedido, se é desta zona ter mais "ladrões" que a zona das mais ao lado, ou se é da estética das casas que atrai mais os mesmos! não sei!

    Contudo estou ao dispor dos vizinhos para em conjunto encontrarmos uma solução para o problema da insegurança das casas de azeitão.

    Paula Garcia

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